segunda-feira, 22 de março de 2010

22/03/2010 - 07h00


Manter diário com o que come faz você perder o dobro do peso

Por Cristina Almeida

Para o UOL Ciência e Saúde
 
 
 


Todo mundo sabe que diminuir o consumo de calorias e praticar atividade física realmente funciona quando o objetivo é perder peso. Mas manter um diário registrando o que se come pode fazer toda a diferença. Uma recente pesquisa publicada pelo American Journal of Preventive Medicine concluiu que essa ferramenta é uma das medidas mais importantes para quem deseja emagrecer. De acordo com os dados do estudo realizado pelo Kaiser Permanente’s Center for Health Research, quanto maior for a disposição para escrever detalhadamente o que se comeu a cada dia, maior será a quantidade dos quilos a menos.
“Nosso trabalho mostrou que quem usa essa técnica pode perder o dobro do peso em relação às pessoas que não usam um diário. Parece que o simples ato de escrever encoraja a diminuir o consumo de calorias”, afirma Jack Hollis, um dos idealizadores da pesquisa e professor de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade de Oregon (EUA).
Outro colaborador do estudo, Keith Bachman, médico especializado em medicina interna, diz que embora a ideia possa representar mais um dever a ser cumprido no plano de emagrecimento do paciente, a providência não precisa se tornar algo formal.
“Anotar o que se comeu em um post-it, mandar para si mesmo e-mails contando sobre cada refeição, e até enviar uma mensagem de texto funciona. É o processo de reflexão sobre o que nós comemos que mantém nossos hábitos sob controle, e traz a esperança para a mudança de comportamento”, ensina o especialista.

Como, logo engordo

De acordo com a nutricionista funcional Patrícia Davidson, uma das frases mais comuns entre os obesos é dizer que não comem nada e, por isso, não entendem porque engordam. “O diário documenta a razão porque a gordura que incomoda tanto se instalou. E não foi por causa de uma dieta à base de alface”, brinca.
“As pessoas não têm noção do que comem, não enxergam as quantidades que consomem, nem o prejuízo de atender àquela vontade de comer qualquer coisa”. “O açúcar usado nos cinco cafés diários são desprezados, a gordura do pequeno doce escolhido para a sobremesa também. Sem falar dos alimentos diet e light que, por terem esse rótulo, convidam ao exagero durante todo o dia”.
Segundo a especialista, esses atos, que a maioria julga inofensivos, contribuem para que o peso vá aumentado pouco a pouco a cada mês. "As pessoas só caem em si quando a roupa que usou há seis meses não fecha mais. Para quem consegue manter o diário, conscientizar-se disso leva a ótimos resultados”, conclui a especialista.

Enfrentando a realidade

Na prática, o diário auxilia os profissionais de saúde a monitorar seus pacientes, antes e durante o tratamento, especialmente se eles seguem as orientações médicas. Davidson comenta que ao aceitar o uso do diário, o paciente tem que ser avisado de que eventuais omissões podem prejudicar o tratamento. “Entretanto, o profissional que usa esse tipo de estratégia sabe quando alguma coisa não está encaixando”, diz.

Segundo a endocrinologista Rosana Radominski, professora de Universidade Federal do Paraná (UFPR), e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), as anotações estão relacionadas à realidade do paciente. Mas seu sucesso dependerá de sua percepção quanto à importância desse tipo de tarefa. “Muitas vezes o indivíduo omite a ingestão de determinados alimentos, principalmente doces, beliscadinhas, uso de bebidas alcoólicas etc."
Se a resistência em relatar a verdade persiste, a intervenção de um psicoterapeuta pode ser essencial para o entendimento e enfrentamento do problema. Como a comida pode ser objeto de compensação para frustrações, ansiedades e questões que incomodam afetivamente, identificar a dinâmica que faz prevalecer a compulsão em detrimento da dieta contribui para que o paciente deixe de ser refém dos impulsos.
“A prática de escrever permite que a pessoa se reconheça, se perceba e visualize objetivamente as próprias dificuldades. E o processo a estimula a prestar mais atenção no que está acontecendo em sua vida”, explica a psicanalista Nilda Jock. “Nos distúrbios alimentares são comuns altos níveis de ansiedade ligados à forte necessidade de aprovação e aceitação. Olhar para si é o primeiro passo para construir uma auto-estima baseada em atitudes mais saudáveis.”, declara.

quarta-feira, 10 de março de 2010





Qualquer pessoa, em uma ou outra ocasião, passa por fases de preocupação e medo, mas quando a ansiedade é crônica, torna-se um problema clínico que deve ser comunicado ao médico. Embora se trate de uma situação psicológica, a ansiedade manifesta-se por sintomas físicos, sendo cada vez em amaior número as opniões médicas de que a dieta pode ajudar a aliviar, ou mesmo eliminar,alguns desses sintomas.


Entre os sintomas físicos, contam-se secura na boca, sudorese, dificuldade respiratórias, palpitações, tonturas, dores no peito, diarréia e fadiga. A ansiedade pode chegar a debilitar o sistema imunológico.


Carência de magnésio e vitamina B6 estão associadas com o aumento da ansidade. Sob tensão (estresse), o organismo consome rapidamente as suas reservas de vitamina C, e as pessoas que sofrem de ansiedade crônica podem ser beneficiadas com o aumento da ingestão desta vitamina. Assim, é essencial ter uma alimentação equilibrada e fazer refeições regulares. Evitar comer pode não só conduzir a um aumento da ansiedade, como ao risco de surgirem outros problemas de saúde, especialmente aqueles que se relacionam com a digestão, como azia.
A cafeína, presente no café, no chá preto, chá mate , em bebidas a base de cola e no chocolate preto, é um estimulante. Em pequenas quantidades pode estimular o desempenho fisíco e mental, mas em quantidades maiores provoca agitação, particularmente nas pessoas sensíveis á cafeína.
As pessos que sofrem de ansiedade procuram frequentemente alívio através de uma bebida alcoólica, mas com isso agravam o problema, em vez de melhorar. Muitas pessoas chegam a pensar que o ÁCOOL é um estimulante, quando na verdade é um depressivo. De fato, durante a fase de privação, que ocorre 6 a 12 horas depois da ingestão de álcool, quando os níveis de açúcar estão baixos, a pessoas ficam mais sensivel a crises de ansiedade.


O leite com açúcar pode na verdade vencer a ansiedade. Contém uma minoácido presente no leite, o triptofano, e carboidratos sob a forma de açúcar. O triptofano estimula a produção de um outro composto (a serotonina) que acalma e ajuda a induzir o sono.
O açúcar participa de forma indireta no processo de relaxamento . quandoo se ingere açúcar, libera-se insulina, que interfere com outros aminoácidos, permitindo ao triptofano um acesso mais fácil ao cérebro, provocando a liberação de mais serotonina, originando um estado calmo. Mas lembre-se que não é recomendado consumir em excesso e pessoas diabéticas devem restringir totalmente da sua dieta.
Alimentos que ajudam a aliviar a ansiedade:
• Carne, ovos, queijo, nozes e verduras, que são boas fontes de viversas vitaminas do complexo B;
• Cítricos ( laranja, abacaxi, morango,limão) por causa da vitamina C;
• Bebidas de leite adoçadas ( com quantidade mínima de açúcar).
Alimentos que devem ser evitados em um quadro de ansiedade:
• Café, chá preto, chá mate, bebidas a base de colas (coca-cola), que contém cafeína;
• Cacau e chocolate
• Álcool (bebidas álcoolicas)



Edna Arenas Barbosa
CRN:14329